Vivemos um momento de mudanças aceleradas, antigamente tínhamos vidas e vidas para corrigir determinadas atitudes ou padrões de comportamento e agora temos um ano para corrigir as mesmas coisas. Em função disto, terapias alternativas, mais rápidas e eficientes, têm surgido em todas as partes do mundo. Muitas delas direcionadas para a correção das crenças.
As nossas crenças indicam o que encontraremos na nossa vida. Se encontramos dificuldades em alguma área da nossa vida é porque existem crenças negativas, conscientes ou não, que estão nos levando a vivenciar aquelas situações. Ao mudarmos as nossas crenças mudaremos o padrão que nos direciona, o que vai nos levar a novas experiências e situações.
Só que, normalmente, isso não é imediato, o que faz com que muitas pessoas se decepcionem e passem a acreditar que são impotentes para reverter a situação. Nós vivenciamos agora os frutos dos nossos pensamentos e crenças do passado. Quando os alteramos, é necessário um tempo para que isso se expresse em nossa vida – é o que chamamos de impulso de vivência. Como um carro em alta velocidade, precisamos de um tempo para diminuir o ritmo antes de mudar de direção, e esse tempo é função da força da crença em nossa vida e do período em que acreditamos nela. Mas, com um pouco de perseverança e empenho podemos entrar em outra sintonia e mudar a nossa vida.
Há muito tempo ouvimos falar do efeito do pensamento positivo sobre nós mas, nem sempre acreditamos na sua eficácia. Um exemplo disso é o caso real citado num dos livros de Bernie Siegel:
Certo dia, dois oncologistas discutiam a respeito do trabalho que deveriam apresentar naquele dia no encontro nacional da Sociedade Americana de Oncologia Clínica. Um deles se queixava duramente:
“Sabe, Bob, eu de fato não compreendo. Usamos os mesmos medicamentos, a mesma dosagem, o mesmo número de ingestões e os mesmos critérios. No entanto, eu consegui um índice de 22% de resposta às drogas, e você obteve 74%. Isto é inadmissível quando se trata de câncer dos pulmões com metástase. Como você consegue isso?”
Ambos estamos usando Etoposide, Platinol, Oncovin e Hidroxiurea. Você chama estes medicamentos de EPOH. Eu digo aos meus pacientes que estou lhes dando HOPE (esperança em inglês). Naturalmente, eu lhes digo que se trata de uma experiência e conferimos juntos a longa lista de efeitos colaterais. Entretanto, eu lhes afirmo sempre que temos uma chance. Por mais desalentadoras que sejam as estatísticas sempre existem alguns pacientes que passam muito bem.”
Anna Maria de La Rocque Ormonde