REPENSANDO SUA VIDA

AS CRENÇAS NA SAÚDE

Em vez de nos julgarmos meras vítimas de nossos genes, devemos aceitar a verdade de que a nossa percepção e nossas reações à vida têm o poder de moldar não só os nossos comportamentos e vivências, mas também toda a nossa estrutura biológica.
Se nos vemos como pessoas saudáveis ou doentes, fortes ou fracas, com facilidade de se curar ou extremamente vulneráveis, facilitamos enormemente ou dificultamos tremendamente a nossa possibilidade de viver com saúde ou curar determinada doença.
Existem inúmeros depoimentos, relatados por médicos ou pacientes, que falam de curas ocorridas em função de crenças positivas no poder de um determinado remédio ou na capacidade de regeneração do próprio organismo. Da mesma forma, crenças negativas prejudicam e ocasionam sintomas e doenças.
Em um dos mais importantes centros médicos dos USA, uma paciente recebeu o diagnóstico de câncer nos pulmões. Ela passou a ter fortes dores, aliviadas, em parte, apenas pelo uso de medicamentos que produziam vários efeitos colaterais. Depois de algum tempo, descobriu-se, através de um reexame cuidadoso dos raios X da paciente, realizado por outros oncologistas, que o diagnóstico inicial era incorreto. Logo após o novo diagnóstico, as dores da paciente diminuíram gradualmente, e por fim desapareceram, embora os comprimidos tivessem sido retirados, aos poucos.
O cardiologista Bernard Lown conta que um famoso médico estava andando pelo hospital com seus alunos e referia-se à doença de uma paciente, a estenose tricúspide, pelas iniciais ET. Dirigindo-se a Lown e aos outros médicos residentes presentes na sala, disse: “Eis um caso clássico de ET”, e saiu. Em seguida Lown percebeu que a mulher tinha começado a passar mal. Seu pulso se acelerou, e os pulmões, até então limpos, encheram-se de líquido. Quando lhe perguntou o que estava havendo, ela respondeu que o famoso médico tinha declarado que ela estava em Estado Terminal. Todas as afirmações em contrário mostraram-se inúteis – afinal de contas, quem afirmara fora um insigne médico – e não foi possível convencê-la de que seu problema não era aquele. Ao cair da noite, sofreu um ataque cardíaco e morreu.
Anos depois, Lown estava andando pelo hospital com seus alunos quando apontou para um paciente num estado crítico que tinha o que chamava de um “galope perfeito e muito alto” no coração. Na terminologia médica, um ritmo de galope significa que o coração está falhando porque o músculo cardíaco encontra-se bastante danificado e dilatado. Não havia muito a fazer para esse homem e tinham pouca esperança de que melhorasse. Apesar disso e para espanto geral, ele conseguiu recuperar totalmente a saúde e explicou porque alguns meses depois: assim que ouviu o dr. Lown referir-se ao seu coração dizendo que tinha um “galope perfeito”, disse ele, imaginou que significava que tinha uma batida forte como de um cavalo, e por isso tornou-se otimista em relação a sua doença e achou que ia se curar – o que de fato aconteceu.
Não somos vítimas indefesas e sim criadores da nossa realidade, quando mudamos as nossa crenças mudamos o nosso corpo e a nossa vida.

Anna Maria de La Rocque Ormonde

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