No livro “O experimento da Intenção” de Lynne MacTaggart são narradas pesquisas feitas com monges do Himalaia. “Era inverno de 1985, num mosteiro fustigado pelos ventos das montanhas do Himalaia, no Nordeste da Índia, um grupo de monges budistas tibetanos estava em profunda meditação. Embora sumariamente vestidos, pareciam alheios ao frio enregelante no interior do mosteiro. Um monge veio passando entre os que meditavam, envolvendo cada um deles num lençol encharcado de água gelada. Em geral, tais condições extremas produzem um choque, fazendo despencar a temperatura do corpo. Se a temperatura corporal decrescer em 8°C, a pessoa não tarda a perder a consciência e os sinais vitais.
Em vez de tremer, os monges começaram a suar. O vapor se elevava dos lençóis, e, em uma hora estavam totalmente secos. O monge assistente substituiu os lençóis secos por outros também pingando água gelada. A esta altura, os corpos dos monges tinham calor equivalente a uma fornalha. Os novos lençóis secaram rapidamente, e uma terceira rodada de lençóis molhados também.
Estava presente uma equipe de cientistas liderados por Herbert Benson, cardiologista na Harvard Medical School, monitorando uma série de aparelhos médicos ligados aos monges, a fim de tentar entender como o corpo era capaz de gerar esse extraordinário grau de calor.
Em suas viagens, Benson testemunhou diversas proezas da intenção, observando que o domínio sobre a temperatura e o metabolismo podia levar a um estado semelhante à hibernação. Os monges monitorados pela equipe de Benson apresentaram uma elevação de 9°C de temperatura nas extremidades do corpo e uma redução de mais de 60% no metabolismo. Isso representava a maior variação num metabolismo em repouso jamais documentada. Durante o sono, o metabolismo cai 10% a 15%, e até pessoas muito experientes em meditação alcançam uma redução de 17% no máximo. Mas naquele dia no Himalaia, ele observou o impossível em termos de influência mental. Os monges usaram o corpo para ferver água gelada, simplesmente com o poder do pensamento.
Nós somos muito mais do que acreditamos, passamos a vida limitados por uma série de crenças que dizem o que podemos ou não fazer e, não nos permitem experimentar todo o nosso potencial. Como disse o Garfield olhando um cachorro em cima de uma árvore “É impressionante o que podemos fazer quando não sabemos do que não somos capazes”.
Anna Maria de La Rocque Ormonde